sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Adapte-se!


A Internet veio para ficar. Os smartphones, os tablets, os portáteis e até os relógios alteraram por completo a forma como acedemos à informação. À rapidez juntou-se a interatividade e a partilha de conteúdos.
A imprensa tradicional teve de adaptar-se, esquecendo-se, no entanto, de adaptar os seus princípios editoriais à nova comunicação digital. Os novos meios de comunicação com presença exclusivamente online são mais ‘transparentes’ e permitem um maior envolvimento dos leitores.
Esta é, de resto, uma das conclusões mais interessantes de um estudo publicado pelo Reuters Institute for the Study of Journalism.
O estudo “Accuracy, independence and impartiality: How legacy media and digital natives approach standards in the digital age” da autoria da jornalista Kellie Riordan, da Australian Broadcasting Corporation, compara as publicações de origem digital Quartz, BuzzFeed e Vice News e as tradicionais Guardian, New York Times e BBC.
Segundo o estudo, os novos meios online optam por uma informação enquadrada no universo da internet, num ‘tom mais convencional, opinativo e social”, disponibilizando os links para as fontes de informação originais- uma prática muito pouco comum nos meios tradicionais.
A falta de espaço na comunicação online é, à partida, um problema que não se coloca. Como tal, eventuais atualizações de informação, notícias de última hora, direitos de resposta ou correções são perfeitamente toleradas.
 A autora recomenda, por isso, aos meios tradicionais com presença digital que façam uma reflexão para testar se os seus princípios editorais se “ainda são relevantes no século XXI”.
Dulce Salvador

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